
MUSEUS-CASAS EM DIÁLOGO: CONSTRUINDO A POLÍTICA DE ACERVOS
25 de junho de 2025 a 27 de junho de 2025
Quarta a sexta-feira, 25 a 27 de junho
O Seminário Museus-Casas em Diálogo: Construindo a Política de Acervos propõe um espaço de diálogo sobre metodologias, perspectivas e desafios contemporâneos relacionados à elaboração de Políticas de Acervos para Museus. Ao longo de uma programação composta por mesas-redondas, apresentações e debates, o seminário reunirá profissionais dos núcleos de Pesquisa, Preservação e Gestão Técnica dos Museus-Casas, além de especialistas convidados de instituições parceiras.
O principal objetivo do seminário é tornar públicas as reflexões e etapas que vêm sendo desenvolvidas na construção das Políticas de Acervo da Casa das Rosas, da Casa Mário de Andrade e da Casa Guilherme de Almeida, fomentando uma participação ampla, qualificada e colaborativa.
A iniciativa busca não apenas compartilhar os caminhos trilhados até aqui, mas também abrir uma agenda pública de debate, convidando profissionais da cultura, pesquisadores, estudantes e o público interessado a contribuir para a consolidação de políticas de preservação coerentes com os perfis e as vocações das três instituições museológicas.
PROGRAMA
1º DIA – 25/06, QUARTA-FEIRA
Local: Casa Mário de Andrade (Rua Lopes Chaves, 546 – Barra Funda, São Paulo)
– 10h | Abertura
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas
– 11h | Museus-Casas e os Desafios das Políticas de Acervo
Com Cícero de Almeida
– 12h | Pausa
– 13h30 | Políticas de Acervos: construção conceitual e prática
Com Camila Wichers, Renata Cardozo Padilha e Thainá Castro
Mediação: Renata Cittadin
– 15h | Pausa
– 15h30 | Desafios Contemporâneos das Políticas de Acervos dos Museus
Com Inês Gouvêa, Paulo Nascimento, Suzete Bomfim e Tony Boita
Mediação: Marcela Rezek Calixto
2º DIA – 26/06, QUINTA-FEIRA
Local: Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 – Bela Vista, São Paulo)
– 13h | Possibilidades e desafios da pesquisa, interpretação e comunicação dos acervos
Com Viviane Wermelinger
Mediação: Bruno Bortolotto
– 14h30 | Preservação do patrimônio edificado: a casa como acervo
Com Henrique Porto, Mario Chagas, Paula Talib Assad e Roberto de Souza
Mediação: Ana Beatriz Giacomini Marques
– 16h | Café
– 16h30 | Museus-Casas: caminhos possíveis para preservação em rede
Com Angelica Fabbri, Aparecida Rangel, Daniel Martins, Janderson Brasil e Vivian de Cássia
Mediação: Mariana Hangai
3º DIA – 27/06, SEXTA-FEIRA
VISITAS TÉCNICAS E OFICINAS
– 10h30 – 12h | Visita à Casa das Rosas (15 vagas)
Enfoque: patrimônio edificado, território, acervo bibliográfico
– 10h30 – 12h | Visita à Casa Mário de Andrade (15 vagas)
Enfoque: referenciamento como estratégia de preservação
– 10h30 – 12h | Visita à Casa Guilherme de Almeida (10 vagas)
Enfoque: acervos do museu
Grátis. Inscrições abertas.
SOBRE OS MINISTRANTES
Ana Beatriz Giacomini graduou-se em História pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) onde, atualmente, é mestranda. Cursou a pós-graduação lato sensu em “Museologia, Colecionismo e Curadoria” do Centro Universitário Belas Artes e o curso profissionalizante “Conservação-restauro de documentos gráficos” no SENAI. Integrou as equipes técnicas de preservação de museus em São Paulo e tem experiência em gestão de acervos privados e de artistas. Atualmente é supervisora de preservação dos museus-casas: Casa das Rosas, Casa Mário de Andrade e Casa Guilherme de Almeida.
Angelica Fabbri é Museóloga, Pós-Graduada em Museologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESP/SP, Mestrado Profissional (MBA) em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão pela FGV-SP, Especialista em Arte Educação e Museu pela ECA-USP. Presidente do COREM 4R por 2 mandatos (2005/2006), Vice-Presidente por 2 mandatos (2009/2010). Filiada ao ICOM desde 1986 e atualmente é membro do Conselho Fiscal do ICOM Brasil. Atua na área museológica desde 1984, ininterruptamente, até a presente data. Desde 2009, está Diretora Executiva da ACAM Portinari – Organização Social de Cultura gestora do Museu Casa de Portinari em Brodowski/SP, do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre em Tupã/SP, do Museu das Culturas Indígenas em São Paulo e do Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro em Campos do Jordão/SP.
Aparecida Rangel é doutora em Ciências Sociais, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Memória Social e Documento e Bacharel em Museologia, ambos os títulos obtidos na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Desde 2002 é Museóloga/Tecnologista da Fundação Casa de Rui Barbosa e docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Memória e Acervos, da mesma instituição. Trabalhou como Museóloga em diversas instituições, tais como o Museu de Astronomia e Ciências Afins/MCT, Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro/PCRJ e Sítio Roberto Burle Marx/IPHAN.
Bruno Bortoloto do Carmo é doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com período de estágio doutoral sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Foi pesquisador e historiador do Museu do Café de Santos por 13 anos. Atualmente é pesquisador do Theatro Municipal de São Paulo.
Camila Wichers é professora do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), no Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia (PPGMus-USP), e pesquisadora CNPq Nível 2. É mestra e doutora em Arqueologia pelo MAE-USP, bem como doutora em Museologia pela Universidade Lusófona de Lisboa. Foi professora do Bacharelado em Museologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS/UFG).Também é docente do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (PPGAS/UFG). Publicou mais de 40 artigos acadêmicos em periódicos científicos. Faz parte do Comitê Internacional para a Educação e Ação Cultural (CECA) do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e atua no Conselho Administrativo do ICOM-Brasil. Membra fundadora da ROPA – Rede de ocupações e parcerias acadêmicas. Desde fevereiro de 2025, é coordenadora do PPGMus-USP.
Cícero Antônio Fonseca de Almeida é museólogo, doutor de História, Política e Bens Culturais pelo CPDOC/Fundação Getúlio Vargas, professor adjunto do Departamento de Estudos e Processos Museológicos da UNIRIO e membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Atualmente é diretor do Museu Histórico Nacional.
Daniel Martins Barros Benedito é historiador, graduado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atuou como professor de História até 2024. É discente do curso de pós-graduação lato sensu Educação Patrimonial: Escolas, Museus e Comunidades, pela Universidade Federal de Goiás (UFG e integra o grupo de pesquisa PHALA – Linha 8: Linguagem e Arte em Educação (Unicamp). Também compõe o grupo Educação em Giras, dedicado a abordagens decoloniais na educação. Atua com pesquisa histórica, gestão documental, preservação de acervos e ações educativas, com foco no patrimônio imaterial, especialmente nas expressões culturais do samba de bumbo e em práticas educativas ancoradas na decolonialidade. Atualmente é educador histórico-cultural no Centro de Memória Municipal e no Museu Anhanguera, em Santana de Parnaíba (SP).
Henrique Porto é museólogo em formação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Desenvolve pesquisa no âmbito da Museologia Social e da Memória da Diáspora Africana com ênfase no Brasil junto à universidade e a alguns museus da cidade do Rio de Janeiro. Tem experiência na área da Educação Museal e na pesquisa curatorial em coleções e acervos. É articulador da Rede de Museologia Social (REMUS-RJ) e da Rede Museologia Kilomboa (RMK). É produtor cultural em Sankofa Produções BR, onde desenvolve mostras teatrais, exposições, feiras de ativação cultural, festivais e outros projetos com variadas linguagens artístico-culturais. Atualmente, é diretor técnico do Museu de Favela – MUF.
Inês Gouvêa é doutora em Museologia e Patrimônio (PPG-PMUS/UNIRIO-MAST), mestra em Memória Social (PPGMS/UNIRIO), historiadora (FFP-UERJ). É professora do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), atuando no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia (MAE/USP) e na Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras do IEB, programa que atualmente coordena.
Janderson Brasil é pós-graduado em gestão cultural pelo Senac São Paulo, licenciado em história pela Universidade Cruzeiro do Sul, técnico em museologia pelo Centro Paula Souza e formado no Curso de Gestão Cultural do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Iniciou seu trabalho no campo da museologia há dezessete anos, na ACAM Portinari, onde atuou por nove anos nas ações do Grupo Técnico de Coordenação do Sistema Estadual de Museus de São Paulo. Tem experiência em arrolamento, documentação e salvaguarda de acervos, processos criativos e curatoriais, exposições, articulação institucional, planejamento, produção e gestão cultural. Atualmente está responsável pelo Programa Conexões Museus SP do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo e presta serviços a iniciativas museológicas e projetos culturais.
Marcela Rezek Calixto é arquiteta e urbanista brasileira com sólida atuação na preservação do patrimônio histórico e na gestão de museus. Graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos, obteve seu mestrado em Restauração e Reabilitação do Patrimônio pela Universidad de Alcalá, na Espanha, e doutorado em museologia pela Universidade Lusófona. Possui Master em Restauração do Patrimônio e Doutoranda em Sociomuseologia. Atuou como Coordenadora Técnica do Museu do Café, em Santos, no Museu de Arte Sacra e na Mitra Diocesana de Santos, onde exerceu funções relacionadas à curadoria e gestão de centros culturais. Atualmente, é Coordenadora Técnica dos Museus-Casas de São Paulo, que incluem a Casa das Rosas, a Casa Guilherme de Almeida e a Casa Mário de Andrade.
Mariana Hangai é cientista social formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora associada do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP (Lab NAU/USP). Autora do livro “Etnografias Urbanas: quando o campo é a cidade” (Ed. Vozes). Atuou em diversos projetos voltados para o planejamento de instituições culturais, em especial diagnósticos para o fortalecimento de parcerias e da relação desses equipamentos com seus territórios. Atualmente atua como Supervisora de Pesquisa dos museus Casa das Rosas, Casa Mário de Andrade e Casa Guilherme de Almeida.
Mario Chagas é poeta e museólogo, mestre em Memória Social pela UNIRIO e doutor em Ciências Sociais pela UERJ. Participou da criação da Política Nacional de Museus, do Sistema Brasileiro de Museus (SBM), do Cadastro Nacional de Museus (CNM), dos programas Pontos de Memória e PNEM, e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Foi diretor do Museu da República e presidente do MINOM. Atualmente é pesquisador avançado no Museu da República; professor do Programa de Pós-graduação em Museologia e Patrimônio da UNIRIO; professor colaborador na UFBA e professor visitante na Universidade Lusófona (ULHT).
Paula Talib Assad é historiadora e museóloga. Desde 2014 atua em instituições museológicas com ênfase em projetos de salvaguarda, pesquisa e gestão. Atualmente, coordena o Núcleo de Museologia e Acervos do Departamento dos Museus Municipais, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, responsável pelas coleções do Museu da Cidade de São Paulo e Pavilhão das Culturas Brasileiras.
Roberto de Souza é formado pela Universidade São Judas Tadeu (2018), especializando em Gestão de Projetos com ênfase em BIM (Modelagem da Informação da Construção) pela faculdade de Tecnologia SENAI em parceria com o Instituto Superior de Engenharia do Porto. Atualmente é arquiteto coordenador do Núcleo do Acervo Arquitetônico do Departamento dos Museus Municipais, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Bens culturais e Preservação da Arquitetura, atuando nos seguintes temas: projetos de manutenção, conservação e intervenção contemporânea no patrimônio arquitetônico.
Paulo Nascimento é mestre pelo Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia (USP) e graduado em Museologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi diretor do Museu do Ouro – IBRAM/MinC e museólogo no Museu da Casa Brasileira. Tem experiência na área com ênfase na Docência, Planejamento e gestão, Documentação e Pesquisa, atuando principalmente nos seguintes temas: plano museológico, implantação, gestão e organização de museus; organização e sistematização de informações de acervo. Atualmente é Diretor do Museu Lasar Segall e professor do Curso Técnico em Museologia do Centro Paula Souza – ETEC Pq. da Juventude.
Renata Cittadin é museóloga, mestre pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da Universidade de São Paulo e graduada em Museologia pelo Centro Universitário Barriga Verde. Atua com foco em gestão de museus, planejamento museológico, políticas públicas e comunicação museológica. Foi Assessora Técnica do Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina, coordenando iniciativas como o Cadastro Catarinense de Museus e o Guia de Museus de Santa Catarina. Participou da elaboração do Plano Setorial de Museus e do Estatuto Catarinense de Museus. Atualmente, é Superintendente dos museus Casa das Rosas, Casa Mário de Andrade e Casa Guilherme de Almeida.
Suzete Bomfim é doutora e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB) e graduada pela Universidade Tiradentes (SE). Servidora pública desde 2010, atua como arquiteta no Ministério da Justiça e Segurança Pública, com participação em projetos como o “Memorial da Anistia” e pesquisas sobre a revitalização do Palácio da Justiça, em parceria com o Iphan-DF. Desde 2017, está requisitada pelo IBRAM, lotada no Museu Lasar Segall (SP), onde atua na manutenção predial, reformas e no desenvolvimento de exposições de longa duração e temporárias. Integra a área técnica de Museologia e é membro do ICOM/Brasil.
Thainá Castro Costa graduou-se em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, mestre em Memória Social pela mesma instituição e doutora em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Professora adjunta da Coordenadoria Especial de Museologia da UFSC. Coordenou o curso de graduação em Museologia. Tem experiência na área de Museologia e gestão de acervos, especificamente nas narrativas e metodologias expográficas.
Tony Boita é doutor em Comunicação, mestre em Antropologia e bacharel em Museologia pela Universidade Federal de Goiás. Foi Diretor do Museu das Bandeiras, Museu de Arte Sacra da Boa Morte e Museu Casa da Princesa, museus vinculados ao Instituto Brasileiro de Museus e Gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo. Atualmente é professor adjunto do bacharelado em Museologia da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP) na Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Viviane Wermelinger é graduada e mestre em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Universidade de São Paulo (USP), respectivamente. Atuou no Ecomuseu Ilha Grande da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é museóloga no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, responsável pela área de expografia. Trabalha principalmente com exposições de curadoria compartilhada.
Vivian de Cássia é bacharel e licenciada em História pelo Centro Universitário Fieo. Atua nas áreas de organização, inventário, catalogação, conservação, acompanhamento, pesquisa e difusão de documentos e objetos de caráter histórico e artístico; mediação de grupos escolares; produção de pesquisa histórica, incluindo realização de trabalho de pesquisa com história oral; e desenvolvimento do acervo fotográfico do CEMIC. Atualmente é coordenadora do Centro de Memória e Integração Cultural Bertha Moraes Nérici e Museu Anhanguera/Casarão Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo, em Santana de Parnaíba (SP).
Período de inscrição: 03 de junho de 2025 a 25 de junho de 2025
Local: No museu - 1º E 2º ANDAR
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