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Como foi?: Oficina Pishoxodô
05/05/2016


Sábado, 16 de abril de 2016.

 

A oficina de experimentação das caligrafias da pichação e do shodô, ministradas pelo Rei e Kerhart do Exorcity, e Monica e Rafael da Associação Shodô do Brasil trouxe a proposta de cruzamento das escritas por dois caminhos em que os participantes puderam propor interpretações e reflexões conjuntas sobre esses diferentes mundos. 

 

Com a participação do público de diferentes idades e experiências a oficina foi parte da programação vinculada à mostra em cartaz na Casa das Rosas intitulada: Pisho Xodô, a escrita como ato.

 

 

Confira a seguir relato do participante Caio Nunes, estagiário da Casa das Rosas: 


Impressões sobre a Oficina Pisho Xodô


A proposta é dupla. Nós, um grupo na média de 30 pessoas, somos divididos entre dois ambientes: quinze pessoas para uma das salas de aula da Casa das Rosas e outras quinze para o espaço externo da Casa.

 


Um grupo é introduzido ao shodô (e ao sho, a caligrafia japonesa de uma forma mais expressiva e autoral) e é neste grupo que tive o prazer de começar, Monica e Rafael como guias, e ser introduzido ao que caligrafia japonesa tem de histórico e às suas técnicas.

 

Além de aprender a manusear o pincel (fude, não dispensando uma ou outra risadinha), que já é desafiador em questões de postura e movimento, também tem o choque / euforia de lidar com o papel, já não apenas suporte: a forma como papel absorve a tinta não é só um detalhe, sua textura muito menos, todas as características da folha vazia fazem parte do processo de criação e do ato potencial da escrita.

E não retocar, a Monica-sensei deixa claro, não retocar para não tirar o presente do ato de escrever.

 

 

 


Num segundo momento, trocamos de lugar com o outro grupo: vamos para fora, com Gabriel e Reinaldo para sermos introduzidos à pichação / ao pixo, seu marcado curso histórico e social, e suas técnicas que são simples só para os desatentos.

 

O spray não é menos complicado que o pincel e, além de seus vários incrementos (vários tipos de pinos que alteram os tipos de traços), a própria relação de espaço entre o pino da lata de tinta e a “tela” já interessa ao resultado do pixo.

 

Então a oficina abre a questão de onde fica a “tela”, onde fica o espaço da pichação. Nossos experimentos ficaram nos tapumes, mas a “tela” é potencialmente qualquer lugar: daí entra o desafio físico de pichar, a relação entre os pichadores e os grupos de pichadores, a aceitabilidade social do pixo (e dentro disso Gabriel questionou a opinião corrente de pichação como vandalismo e grafite como arte, que levantou várias perguntas na minha cabeça) e a tensão psicológica que essa (in)aceitabilidade cria em quem está pichando, e altera diretamente no ato do pixo.

 

 

 

 

 

O término é único: compartilhamos nossos trabalhos, combinando as técnicas tanto do pixo como do shodô. Uma combinação que não fica só em diálogo, mas na existência bem 

próxima, quase síntese, das duas formas de escrita que não são só mediadores da mensagem, mas mensagens em si.

 

 


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