Quinta, sexta e sábado, 5, 6 e 7 de julho de 2018
Curador: Lucio Agra
Boris Schnaiderman teria completado cem anos em 2017. Faleceu pouco antes disto, deixando uma grande contribuição à cultura brasileira e à divulgação da literatura e da cultura russas. Tendo nascido em Uman (Ucrânia) e imigrado com a família para o Brasil quando tinha 8 anos, viveu aqui uma vida longa, intensa e produtiva, na qual se distinguiu como tradutor, crítico, semioticista e escritor. Este evento reúne amigos, ex-alunos, estudiosos de sua obra e companheiros de sua aventura.
Quinta-feira, 5 de julho, das 19h às 21h
19h
Palestra
DIÁLOGOS COM O PRIMOROSO BORIS
Palestra de Jerusa Pires Ferreira proferida por Lucio Agra
Nesta palestra, serão compartilhadas memórias dos anos de trocas e aprendizagem com Boris Schnaiderman, passando do rigor do seu ensino às descobertas que o grande tradutor e crítico literário pôde oferecer ao longo de sua vida.
Sexta-feira, 6 de julho, das 19h às 21h
19h
Palestra
MEMÓRIA E FICÇÃO NA OBRA DE BORIS SCHNAIDERMAN
Por Aurora Bernardini
Uma reflexão sobre os dois livros de prosa criativa de Boris Schnaiderman: Guerra em surdina e Caderno Italiano. Nela, a história é entrecortada por episódios de ambos os livros que acompanham a participação do autor na 2ª Guerra Mundial.
Sábado, 7 de julho, das 10h30 às 21h
10h30
Mesa
O ATO DESMEDIDO DA TRADUÇÃO
Com Neide Jallageas e Lucas Simone
Mediação : Paulo Ferraz
Boris foi o primeiro e principal tradutor da literatura russa diretamente da língua original, no Brasil. Criou o Departamento de Língua e Literatura Russa da USP, traduziu obras fundamentais da literatura russa – de autores como Tchekhov, Máximo Gorki, Tolstoi e Dostoievski – e, juntamente com Augusto de Haroldo de Campos, publicou Poesia Russa Moderna, livro que até hoje exerce grande influência na poesia brasileira. A mesa abordará a dimensão da contribuição de Boris à prática e à reflexão sobre a tradução literária.
15h
Mesa
BORIS DIVULGADOR DA POÉTICA E DA SEMIÓTICA RUSSAS
Com Paulo Ferraz e Lúcio Agra
Mediação: Julio Mendonça
Boris exerceu um papel central na tradução e divulgação da linguística da escola dos formalistas russos e da semiótica russa posterior, tendo sido, ele mesmo, um crítico sensível aos estudos semióticos, cujos conhecimentos aplicou em sua crítica literária.
17h
Palestra
VOZES DA CULTURA E VOZES DA BARBÁRIE
Por Miriam Chnaiderman
Miriam, filha de Boris, é psicanalista, escritora e cineasta e faz, aqui, um relato em que se misturam a vivência autobiográfica e a reflexão sobre a maneira como seu pai pensava a relação entre poesia, linguagem e vida. A vida de Boris pode ser condensada como luta permanente contra a barbárie. Luta essa concretizada em um lindo trabalho dentro da teoria da literatura e na tradução, como também em sua escolha de oposição ao fascismo em plena segunda guerra e depois, nos anos 70, na defesa da cultura em tempos de obscurantismo durante a ditadura civil-milltar no Brasil.
19h
Cinema ao ar livre
A Arca Russa (2002)
Direção: Alexander Sokurov | 95min | Classificação indicativa: 14 anos
Programação de cinema
OS FILMES DE BORIS
(durante os dias de evento, exibição dos filmes na sala 1):
O Pracinha de Odessa – Luis Felipe Labaki
Um Espelho Russo – Péricles Cavalcanti e Lídia Chaib
O que traduz Boris? – Daniel e Jorge Grinspum
Este site utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Consulte sobre os Cookies e a Política de Privacidade para obter mais informações.